Professores <br>contra «terra queimada»

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Os dados que o IEFP divulgou no fim da semana passada «confirmam que a cruzada do MEC contra o emprego dos professores é violenta e tem resultados desastrosos», comentou segunda-feira a Fenprof, afirmando que, no dia 31, os professores estarão na manifestação nacional, com os demais trabalhadores da Administração Pública, e no dia 14 de Novembro vão participar na greve geral, demonstrando assim que «rejeitam as políticas de terra queimada desenvolvidas pelo Governo e exigem um rumo diferente, para um Portugal com futuro».

Numa nota emitida pelo Secretariado Nacional da federação, destaca-se que o número de docentes desempregados, registados nos centros de emprego, aumentou em seis mil, só no mês de Setembro. Se o aumento mensal é de 42 por cento, já em relação a Setembro do ano passado a subida é de quase 70 por cento. A Fenprof vê assim confirmado que as medidas impostas pelo ministro Nuno Crato e sua equipa (mega-agrupamentos, revisão da estrutura curricular, aumento do número de alunos por turma, novas regras de organização do ano lectivo, entre outras) foram «essenciais para a extinção de milhares de horários de trabalho, com o intuito de afastar milhares de docentes das escolas, apesar de lhes fazerem falta».

A federação avisa que «esta verdadeira cruzada contra o emprego dos professores (que, para além de desemprego, levou ainda a que surgissem milhares de “horários-zero”) é para continuar», pelo que «cabe aos professores lutar cada vez mais contra a política que causa tão grave problema – desemprego –, que tem custos sociais elevadíssimos e consequências muito negativas para o funcionamento e organização das escolas e para a qualidade do ensino».

Este quadro muito negativo foi realçado no Dia Mundial dos Professores, a 5 de Outubro, que a Fenprof e os seus sindicatos assinalaram com uma evocação de Rómulo de Carvalho, na Praça da República, em Coimbra (onde, entre outros, interveio o Secretário-geral da CGTP-IN); com uma sessão solene, em Lisboa, e concentrações em Faro, Beja, Évora e Portalegre, a par da mobilização dos docentes para integrarem a Marcha Contra o Desemprego.




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